Se eu não abrisse as janelas,
não amarrase os cardaços
dos sapatos,
não encarasse a estrada,
todas as aquarelas seriam
apenas boatos,
em ondas vibrando ao nada.
Se não lavasse as cortinas,
se não cerzisse as feridas,
se não me permitisse sorrir,
com certeza as minhas retinas,
não descobririam
as estradas floridas,
nem o sentido do ir e vir.
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