terça-feira, 14 de agosto de 2012

EU SOU

Não venham com esta conversa burguesa e castradora. Não me digam que sou nada. Sou sim alguma coisa. Por que vocês não querem enfrentar a situação? Quando me dizem que não sou nada, no íntimo vocês querem guardar para si o resto. Vocês pensam que são donos deste jardim? Ora, não sejam tolos. O jardim não existe. As flores? Podem escrever seus poemas para elas. Elas não existem! No pomar do mundo as frutas já nascem decompostas. Foi o tempo que escrevi para elas. As palavras também não existem. Isto sim é que é encarar o nada, sem discurso masoquista. Não é qualquer um que tem a coragem de agarrar o touro firme com as mãos e olhar no fundo dos seus olhos, com um olhar de herói: Ora, nem eu nem vocês não somos nada! Mas somos alguma coisa sim. Tudo o que vocês tem ao seu redor, não existe. Ora, se eles tem um tempo determinado, não existem! Tudo não passa de maya, de uma grande ilusão. Estamos mergulhados no mar da ilusão. Vocês só passarão a existir, quando acordar a sua outra parte. Então verão, que o verdadeiro espetáculo esá debaixo do palco, das luzes e da cena.

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